País alcançará a autossuficiência no período de 5 anos, segundo Fiocruz.
Dentro de 5 anos, o Brasil estará produzindo toda a quantidade do medicamento pramipexol necessária para o tratamento do mal de Parkinson no País, de acordo com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A entidade, sediada no Rio de Janeiro, é responsável pela produção nacional do remédio, apontado como a primeira escolha no tratamento da doença.
O instituto é considerado o maior laboratório farmacêutico oficial vinculado ao Ministério da Saúde. A partir de 2015, a Fiocruz responderá por 50% do pramipexol produzido e consumido no País.
De acordo com o diretor do Instituto Farmanguinhos, Hayne Felipe da Silva, hoje, o remédio é o principal tratamento para o mal de Parkison. “Do ponto de vista da produção, tem ainda uma atração tecnológica. Com nosso aprendizado, essa tecnologia vai permitir que venhamos incorporar outros medicamentos relacionados aos males do sistema nervoso central no futuro”, explicou.
A estimativa é que, em 2017, toda a produção do pramipexol consumido pelos brasileiros seja nacional, o que irá representar uma grande economia e maior controle sobre a demanda.
Anualmente, são gastos cerca de R$ 40 milhões na aquisição desse remédio no mercado internacional para a distribuição em toda a rede pública de saúde do Brasil.
“Tem o lado da soberania do País, enquanto fornecedor de um medicamento importante. E também possibilita a ampliação de acesso, porque você reduz custo. A parceria permitirá uma diminuição de aproximadamente 5% do valor dispendido hoje pelo Ministério da Saúde, que poderá ampliar o acesso”, ressaltou Silva.
Doença degenerativa
O mal de Parkinson, doença que afeta quase 200 mil brasileiros com mais de 60 anos, segundo estimativas da Associação Brasil Parkinson, é degenerativa, crônica e progressiva, e atinge, principalmente, a população idosa, provocando tremor, rigidez muscular, diminuição da velocidade dos movimentos e afetando o equilíbrio físico do doente. A doença também pode provocar problemas de sono, depressão e dificuldades da fala.
Da Redação / Foto: Fiocruz
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